Alfabeto hebraico

O sistema de escrita hebraico, também conhecido como Alef-Beit, é o abjad utilizado para a escrita em hebraico, que é uma língua semítica pertencente à família das línguas afro-asiáticas, falada em Israel, foi criado por volta do século III a.C.. Também é utilizado para escrever o iídiche (ver Ortografia iídiche), língua germânica falada pelos judeus da Europa Oriental e Alemanha; e o ladino, dialeto utilizado pelos judeus sefarditas. Assim como na escrita árabe, nesse alfabeto, os textos são escritos no sentido anti-horário ou seja, da direita para a esquerda.

Apesar de ser chamado de "alfabeto", a escrita, na verdade, é um abjad, ou seja, todos os caracteres representam consoantes. Opcionalmente, as vogais são representadas com diacríticos colocados, sobre, sob ou ao lado das letras.

Na língua hebraica, por exemplo, que usa a escrita hebraica, as vogais não são representadas geralmente na escrita do dia a dia. Isso quer dizer que um falante de hebraico consegue ler corretamente a palavra se ela for previamente conhecida. Por exemplo, a palavra Espanha em hebraico é "sefarad", porém é escrita na escrita hebraica somente com as letras que correspondem às letras latinas S, F, R e D sendo portanto escrita dessa maneira "sfrd" (ספרד), o que faz com que seja difícil saber suas vogais sem conhecer a palavra, a não ser que sejam acrescentados diacríticos indicadores de vogais (סְפָרַד).

Alfabeto

A leitura correta do hebraico é da direita para a esquerda. Sua escrita também se inicia da direita para esquerda. O alfabeto não contem vogais, mas para facilitar foram-se criados os sinais massoréticos (relativos a vogais hebraicas).

Na segunda metade do primeiro milênio da era atual, os escribas conhecidos como massoretas (doutores da Torah) introduziram um sistema de sinais vocálicos, para facilitar a leitura do texto consonantal em hebraico. A Massorah era um conjunto de comentários críticos e gramaticais (soletração, vocalização, divisão em orações e parágrafos, etc.). A palavra "Massorah" é uma palavra hebraica que quer dizer "tradição".

No hebraico antigo escrevia-se somente com consoantes, e as vogais eram somente pronunciadas, isto é, as vogais eram transmitidas através das gerações do povo judeu oralmente (e não de forma escrita), visto que a escrita da língua hebraica possuía apenas as consoantes. Os massoretas foram os responsáveis pela adição de vogais no texto hebraico moderno.

Os sinais massoréticos pecam pelo facto de não serem capazes de garantir a fonética precisa das palavras que pela simples existência de consoantes vocálicas era possível, ou seja existem letras que fazem o papel de vogais, sendo assim deve remover-se o sinal massorético do hebraico sempre que se pretenda chegar a fonética dos antigos.

Em hebraico há cinco letras "sofit" (finais), ou seja, que são escritas de forma diferente quando aparecem no final da palavra. Somente a escrita é alterada, enquanto o som continua o mesmo: "Chaf", "Mem", "Nun", "Pe" e "Tsade".

Pronúncia das letras e seus nomes

Nota: o alfabeto hebraico só utiliza consoantes, sendo que as vogais podem ser representadas por sinais diacríticos, chamados Nekudot (niqqud no singular), sinais massoréticos ou consoantes vocálicas (trocando o som da letra por uma determinada vogal).

Variantes ortográficas

Valor numérico das letras

Transcrição e transliteração das letras hebraicas

Representação e transliteração das vogais hebraicas

Ver também

Bibliografia

Ligações externas

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